domingo, 20 de dezembro de 2015


Poeminha escrito

 

A escrita,

A linguagem do ausente,

Pois não sente

A vertigem

Da possibilidade

Da presença

poeminha distante


Tudo que amo muito

Guardo lá no fundo

Protegido do mundo

Guardo tanto

Tão fundo

Que as vezes não sei mais

O que amo

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A visita do demônio

Meu demônio me visitou hoje.
Para variar queria me matar ou me prejudicar como sempre, afinal é sua natureza. Queria que usasse a navalha. Cortasse meu rosto.
O corte seria de cima para baixo passando pelo olho. Chegaria à bochecha. Ele riu quando disse que eu poderia escolher o lado, minha língua ficaria aparente pelo rasgo. Queria me mutilar.
Nunca disse seu nome.
Não estou nem aí, hoje o venci, por isso estou tranquilo.
O demônio, assim como os anjos não possuem livre arbítrio. É a natureza dele.
Dei um chega pra lá nele. É um cara forte, domina vários homens.
Acredito que tenho de vence-lo todo dia.

Não se ganha do demônio, apenas o adormece.